S&P mantém nota de risco da Brisanet

Avaliação

A S&P Global Ratings atribuiu o rating de crédito de emissor ‘brAA-‘ na Escala Nacional Brasil para a Brisanet, com perspectiva estável. A nota foi concedida em 28 de abril de 2025, após a conclusão da incorporação da antiga holding Brisanet Participações e é inferior à da Algar, divulgada ontem pela empresa de classificação de risco, que enfrentou um imbróglio contábil em 2024.

Segundo a S&P, a reorganização societária da Brisanet teve caráter puramente burocrático, sem impacto na estrutura financeira, operacional ou de governança da companhia. A primeira emissão de debêntures da Brisanet também manteve o rating ‘brAA-‘ e o rating de recuperação ‘3’ (65%).

A perspectiva estável reflete a expectativa de continuidade da expansão operacional da Brisanet, com liderança no mercado de banda larga fixa no Nordeste e crescimento gradual na telefonia móvel. Para os próximos anos, a S&P projeta um índice de dívida bruta ajustada sobre EBITDA inferior a 3,0x e margens EBITDA entre 44% e 46%. O fluxo de caixa livre (FOCF), no entanto, deverá permanecer negativo devido ao elevado volume de investimentos (capex).

O relatório da agência destaca que eventuais pressões de liquidez, associadas à execução do plano de investimentos sem geração de caixa operacional suficiente, poderiam resultar em rebaixamento do rating. Entre os fatores de atenção estão uma margem EBITDA inferior a 40%, dívida bruta sobre EBITDA acima de 3,0x e dificuldade de acesso a financiamento bancário ou via mercado de capitais.

Por outro lado, o rating poderia ser elevado se a Brisanet ampliar sua escala mais rapidamente do que o previsto, mantendo rentabilidade e reduzindo seu índice de dívida bruta para abaixo de 2,0x, com geração de caixa livre positiva e posição de liquidez adequada.

Fundada em 1998, a Brisanet atua hoje em todos os estados do Nordeste e está presente em 158 cidades. Em 2024, cerca de 89% da receita da companhia foi proveniente da oferta de serviços de banda larga fixa. As famílias Nogueira e Estevam detinham, em abril de 2025, 81% do capital social da empresa, enquanto 19% das ações eram negociadas livremente na B3.

A avaliação da S&P classifica o risco de negócio da Brisanet como fraco, o risco financeiro como agressivo e a liquidez como menos que adequada, segundo os critérios aplicados.

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