Um vídeo que mostra uma mulher vestida de branco sentada à beira do Rio Negro, na Praia da Ponta Negra, em Manaus, viralizou nas redes sociais e gerou curiosidade entre os internautas.
As imagens, registradas durante a madrugada do dia 20 de abril, mostram a mulher imóvel, com os cabelos cobrindo o rosto e as pernas parcialmente dentro da água. Ela não respondeu aos chamados dos guardas municipais e murmurava frases desconexas.
A gravação, que alcançou mais de 6 milhões de visualizações após ser publicada pela página “Manaus na Depressão”, gerou diversas teorias nas redes e levantou questionamentos sobre a abordagem feita pelos agentes da Guarda Municipal.
Veja o vídeo:
Guarda Municipal opta por respeitar possível ato religioso
De acordo com Alberto Siqueira Neto, secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social, os guardas decidiram não intervir de imediato por interpretarem a situação como uma possível manifestação de fé.
Ao notarem que poderia se tratar de um ritual religioso, os agentes respeitaram o momento, aguardando a mulher se levantar espontaneamente antes de realizar uma abordagem mais direta.
Segundo o secretário, a atuação seguiu os protocolos da corporação. O relatório da ocorrência, segundo ele, foi detalhado e registrou que, apesar da gravação mostrar apenas um trecho, a equipe agiu corretamente desde o início.
Quando a mulher deixou a posição inicial, os guardas verificaram seu estado, confirmando que ela estava calma. A ocorrência foi encerrada sem intercorrências.
Repercussão nas redes e desfecho da ocorrência
A mulher foi novamente localizada cerca de uma hora depois, por volta das 4h da manhã, em outro ponto da orla. Dessa vez, apresentava sangramentos nas pernas, mas recusou atendimento médico. Quando questionada, afirmou não se lembrar do que havia acontecido, mas disse que estava bem.
Mesmo assim, os agentes realizaram uma nova abordagem e constataram que ela permanecia tranquila. O caso foi encerrado após a confirmação de que a integridade física da mulher não estava comprometida.
O secretário reforçou o papel da Guarda Municipal, destacando que os profissionais atuaram com cautela, respeitando o direito constitucional à liberdade religiosa.
Ele também afirmou que situações semelhantes não são comuns na região da Ponta Negra, sendo essa a primeira ocorrência do tipo registrada pela corporação.
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