Uma equipe suíço-italiana criou o RoboCake, um bolo de casamento robótico comestível. A inovação faz parte do projeto RoboFood, que visa desenvolver uma nova geração de robôs comestíveis e alimentos inteligentes.
O RoboCake apresenta dois ursinhos de pelúcia robóticos totalmente comestíveis com sabor de gomas de romã, feitos de gelatina, xarope e corantes. “Eles são animados por um sistema pneumático interno: quando o ar é injetado por meio de canais dedicados, suas cabeças e braços se movem”, explica o pesquisador Bokeon Kwak.
Eles também desenvolveram a primeira bateria recarregável comestível, feita de vitamina B2, quercetina, carvão ativado e chocolate, para dar um “toque gourmet”. Essas baterias, seguras para consumo, podem ser usadas para acender as velas de LED no bolo”, explica o pesquisador Valerio Galli.
“O primeiro sabor que você sente ao comê-las é chocolate amargo, seguido por um toque picante surpreendente, devido ao eletrólito comestível em seu interior, que dura alguns segundos.”

O que é o RoboFood?
O RoboFood é um projeto de pesquisa de quatro anos, com um investimento de 3,5 milhões de euros e financiado pela União Europeia. Lançado em 2021, reúne cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, do Instituto Italiano de Tecnologia, da Universidade de Bristol e da Universidade de Wageningen.
A iniciativa combina ciência alimentar e robótica de uma forma radicalmente nova para criar robôs comestíveis e alimentos robotizados para conservação de alimentos, nutrição de emergência, medicina humana e veterinária ou novas experiências culinárias.
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Por um bem maior
O RoboCake está sendo apresentado na Expo 2025 Osaka, no Japão, por chefs confeiteiros e cientistas de alimentos envolvidos no projeto. Os profissionais acreditam que a fusão de robótica e alimentação pode oferecer grandes vantagens no futuro, com destaque para o desperdício de alimentos.
“Robôs comestíveis poderiam ser usados para entregar alimentos em áreas ameaçadas, entregar medicamentos de maneiras inovadoras a pessoas com dificuldade de engolir ou a animais, ou até mesmo monitorar alimentos e seu frescor usando sensores que podem ser ingeridos”, afirmou Dario Floreano, coordenador do projeto RoboFood.
“Essa colaboração interdisciplinar abre caminho para experiências gastronômicas interativas e deliciosas, nos lembrando que a comida é um recurso precioso e possivelmente reduzindo a compulsão alimentar.”
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