Novo estudo sugere que o câncer anal está em ascensão e revela quem está mais em risco

Novo estudo sugere que o câncer anal está em ascensão e revela quem está mais em risco

Um estudo recente trouxe um alerta importante: os casos de câncer anal estão aumentando, especialmente entre grupos que antes não eram considerados de alto risco. Dados do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, coletados entre 2017 e 2021, revelaram que a doença cresceu 2,9% ao ano entre mulheres e 1,6% entre homens. O mais surpreendente foi identificar que mulheres brancas e hispânicas acima de 65 anos lideram esse aumento, com taxas anuais de 4,3% e 1,7%, respectivamente. Se a tendência continuar, os diagnósticos nessa faixa etária podem dobrar em menos de 17 anos.

O câncer anal ocorre quando células anormais se multiplicam no canal anal, estrutura localizada no final do reto. Entre os sintomas mais comuns estão sangramento, presença de sangue nas fezes, coceira, dor local e, em alguns casos, nódulos ou caroços na região — sinais que muitas vezes são confundidos com hemorroidas. Apesar de raro, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de tratamento eficaz.

A principal hipótese para o crescimento dos casos está relacionada ao vírus HPV (Papilomavírus Humano), responsável pela maioria das ocorrências desse tipo de câncer. A conexão com o vírus explica por que a vacinação é considerada uma das principais formas de prevenção. Nos Estados Unidos, a imunização contra o HPV foi introduzida em 2006, mas mulheres que hoje têm mais de 65 anos não foram incluídas nas campanhas iniciais, já que a vacina era recomendada principalmente para jovens antes do início da vida sexual. No Reino Unido, por exemplo, a aplicação é oferecida a adolescentes entre 12 e 13 anos.

Atualmente, o Centro de Controle de Doenças (CDC) recomenda a vacina para pessoas até 26 anos, pois sua eficácia diminui se o indivíduo já teve contato com o vírus. Como o HPV é transmitido por contato pele a pele, geralmente durante relações sexuais, a proteção precoce é crucial. Além do câncer anal, o vírus está associado a tumores de colo do útero, boca, pênis, vulva e vagina.

A pesquisa, apresentada durante a Digestive Disease Week, chama a atenção para a necessidade de ampliar a conscientização sobre a vacinação e revisar as diretrizes de screening. “É fundamental promover a imunização como ferramenta-chave na prevenção, além de manter profissionais de saúde atualizados sobre as mudanças nos protocolos”, destacou a Dra. Ashley Robinson, médica residente e autora principal do estudo. Ela também ressaltou que grupos específicos, como mulheres idosas, podem se beneficiar de exames direcionados para detectar infecções por HPV ou alterações pré-cancerosas.

Hoje, não há recomendações oficiais para rastreamento de câncer anal em mulheres mais velhas, mas os resultados do estudo sugerem que incluir essa população nos exames preventivos pode ser um passo importante. Enquanto isso, especialistas reforçam a importância de ficar atento aos sintomas e buscar avaliação médica caso surjam sinais incomuns. A combinação entre vacinação, diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo parece ser a chave para frear a progressão da doença nos próximos anos.

Com informações cada vez mais claras sobre os grupos vulneráveis, a comunidade médica espera reduzir não apenas os casos de câncer anal, mas também de outras doenças ligadas ao HPV — um desafio que depende tanto de políticas públicas quanto da conscientização individual.

Esse Novo estudo sugere que o câncer anal está em ascensão e revela quem está mais em risco foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.