
A Polícia Civil vai pedir a exumação do corpo da irmã de Luiz Antonio Garnica, preso nesta terça-feira (6) em Ribeirão Preto (SP) com a mãe, Elizabete Arrabaça, por suspeita da morte por envenenamento da esposa dele.
Larissa Rodrigues, mulher de Luiz Antonio, foi morta em março deste ano. O laudo toxicológico apontou envenenamento por chumbinho.
Agora, a polícia trabalha com a possibilidade da irmã do médico, Nathalia Garnica, que morreu em fevereiro, também ter sido envenenada. De início, a causa da morte foi apontada como infarto.
“Um mês antes mais ou menos da morte da Larissa, teve a morte da irmã do Luiz. Nós vamos instaurar o inquérito policial e vamos pedir a exumação do corpo para mandar isso para o exame toxicológico e verificar, esclarecer se realmente a irmã foi envenenada”, disse o delegado Fernando Bravo, chefe da investigação, em coletiva de imprensa.
Segundo o delegado, Nathalia não apresentava problemas de saúde e morreu de forma parecida à de Larissa. Além disso, a mãe do médico também foi uma das últimas pessoas a ver as duas vivas.
De acordo com a investigação, Elizabete ligou para uma amiga para perguntar sobre o chumbinho.
“São casos parecidos, a forma foi semelhante, a mãe do médico foi até lá, fez massagem cardíaca, foi muito semelhante, porem não podemos falar que foi envenenamento, só uma análise técnica para esclarecer”, ressaltou o delegado.
O Portal iG tentou contato com a defesa de Luiz Guarnica, mas não obteve retorno. Ainda, não identificou a equipe responsável pela defesa de Elizabete. O espaço segue aberto para mais esclarecimentos.
Entenda o caso
Luiz Antonio e Elizabete são investigados pela morte da professora Larissa Rodrigues, esposa do médico, envenenada com chumbinho em março deste ano.
O laudo toxicológico confirmou a presença do veneno no organismo da vítima. A polícia acredita que o envenenamento tenha ocorrido de forma contínua, uma vez que Larissa relatava aos amigos que se sentia mal sempre que a sogra saía de casa.
Segundo o delegado Fernando Bravo, uma testemunha-chave afirmou que Elizabete queria chumbinho cerca de 15 dias antes da morte da nora. Ela também teria ligado para uma amiga para tentar conseguir o veneno.
O médico é um dos suspeitos porque o seu comportamento ao encontrar a esposa morta no banheiro também gerou desconfiança. Em vez de acionar o socorro, ele tentou realizar procedimentos médicos e, segundo a polícia, limpou o local antes da chegada da perícia.
A investigação também destaca que Larissa havia descoberto um possível relacionamento extraconjugal por parte do marido, fato que pode estar ligado à morte da professora. A amante também é investigada, e os celulares dela, do médico e da mãe dele foram apreendidos.