
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu à 36ª Vara Criminal da capital a condenação dos envolvidos no incêndio culposo no Ninho do Urubu em 2019, que matou dez jovens e deixou três feridos.
Depois de mais de três anos de investigação, e com mais de quarenta testemunhas ouvidas, o MPRJ decidiu que as provas mostram claramente a culpa dos acusados.
Entre os denunciados estão Antonio Marcio Mongelli Garotti e Marcelo Maia de Sá, que tinham cargos importantes no centro de treinamento.
Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, que cuidavam dos contêineres, também são citados. Edson Colman da Silva, que cuidava da manutenção dos ares-condicionados, também é mencionado.
Dos 11 inicialmente denunciados, quatro foram dispensados pela Justiça no decorrer do processo. Sete vão a julgamento.

O órgão alega que a tragédia no Ninho do Urubu poderia ter sido evitada, ressaltando que o centro de treinamento operava sem licença e nem certificado dos Bombeiros, mesmo apesar de várias multas e interdições por funcionar de maneira ilegal.
Além disso, o MPRJ evidencia falhas sérias na manutenção, com foco especial nos aparelhos de ar-condicionado.
A denúncia traz à tona problemas estruturais nos contêineres, que serviam de alojamento. Os quartos contavam com janelas com grades, portas de correr que se emperraram durante o fogo e só tinha uma saída, distante do quarto 1, onde as vítimas estavam.
Identificaram, também, que os contêineres não tinham sistemas contra incêndio e o material nas chapas de aço não tinha tratamento anti-chamas, o que ajudou na rápida propagação do fogo, conforme o laudo técnico demonstrou.
“O MPRJ requer a condenação como a resposta penal justa e necessária que a sociedade espera e confia”, expressa o órgão.
*Com informações de Agência Brasil
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