
Pela primeira vez, desde que começou o monitoramento do desmatamento, em 2019, todos os biomas brasileiros mostraram queda na perda de vegetação nativa em 2024, com exceção da Mata Atlântica, que permaneceu estável.
Os dados são do novo Relatório Anual do Desmatamento (RAD), divulgado pela MapBiomas Alerta nesta quarta-feira (15).
Conforme o relatório, a área desmatada no Brasil caiu 32,4% em relação a 2023, somando 1,24 milhão de hectares perdidos. O número de alertas confirmados também diminuiu em 26,9%, resultando em um total de 60.983 registros.
O Cerrado liderou em área desmatada pelo segundo ano seguido, com 652 mil hectares, mais da metade do total nacional, com queda de 40% se comparado ao ano passado.
A Amazônia aparece em segundo, com 377 mil hectares desmatados, a menor marca da série histórica. A Caatinga, em terceiro, juntou o maior desmatamento em uma área só: 13,6 mil hectares numa propriedade no Piauí.

O Pantanal mostrou a queda proporcional maior (58,6%), com Pampa (42,1%) e Cerrado (41,2%) vindo logo atrás. A Mata Atlântica, embora estável, sentiu os efeitos de eventos climáticos no Rio Grande do Sul.
Dois terços das Terras Indígenas não tiveram qualquer evento de desmatamento em 2024,. As Unidades de Conservação, por outro lado, tiveram uma queda de 42,5% nos dados de desmate, com a APA Triunfo do Xingu no Pará, levando a liderança com área desmatada.
O Brasil perdeu quase 10 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos seis anos – uma área enorme, quase do tamanho da Coreia do Sul. A agropecuária, infelizmente, continua sendo a maior culpada, respondendo por incríveis 97% da destruição.
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