
Escola avalia que a nova lei trouxe benefícios para o convívio e estimula jogos, diálogo e aprendizado mais ativo Desde a publicação da Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas brasileiras, o ambiente escolar tem passado por transformações visíveis. No Colégio Progressão, no Vale do Paraíba, a medida não apenas trouxe mais foco para a sala de aula — como também resgatou um hábito que parecia perdido: a convivência entre os alunos.
Durante os intervalos, cenas que antes eram dominadas por telas agora dão espaço a rodas de conversa, a jogos de tabuleiro e a brincadeiras coletivas. O basquete, o vôlei, o pebolim, o tênis de mesa, o xadrez e a dama voltaram a ser protagonistas nos momentos livres. “Os alunos redescobriram o prazer de jogar e interagir. Isso tem sido extremamente positivo para o clima escolar”, destaca Cristiani Siaudzionis, orientadora educacional.
Sem a presença dos celulares, os alunos se permitem a praticar mais esportes
Colégio Progressão
O movimento segue uma tendência internacional de revalorização do espaço escolar como local de socialização e não apenas de instrução. No Progressão, professores relatam que, desde que os celulares deixaram de ser usados durante os intervalos, os alunos estão mais engajados, comunicativos e abertos ao diálogo com os colegas e com os educadores.
Pedro Borges, aluno do 8º ano, sente essa mudança no dia a dia: “A gente passou a conversar mais, brincar junto. Eu voltei a jogar pebolim, e isso uniu mais a turma.”
Além de melhorar o foco em sala, a lei federal incentiva o uso mais consciente da tecnologia. As escolas, por sua vez, são responsáveis por orientar alunos e famílias sobre o uso equilibrado dos dispositivos e por promover alternativas de lazer e de socialização que valorizem o convívio.
Para a equipe do Colégio Progressão, a mudança representa uma oportunidade de reforçar laços, estimular o respeito e formar alunos mais empáticos — dentro e fora da sala de aula.