Ataque nos EUA mata casal de israelenses; homem invade CIA e é baleado

Dois funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos, identificados como Yaron Lischinsky e Sarah Milgram, foram mortos a tiros na noite de quarta-feira (21/5) do lado de fora do Museu Judaico da Capital, em Washington, segundo informações da polícia local e da embaixada, reportadas pela BBC e agências internacionais. O casal, que estava prestes a noivar, participava de um evento voltado para ajuda humanitária em Gaza quando foi alvejado.

De acordo com a BBC, o ataque ocorreu após o evento organizado pelo Comitê Judaico Americano, que tinha como tema a construção de coalizões no Oriente Médio. Jojo Kalin, organizadora do evento, relatou à BBC que o suspeito, identificado pela polícia como Elias Rodriguez, de 30 anos, natural de Chicago, foi inicialmente confundido com um espectador e chegou a entrar no museu após o tiroteio. Kalin descreveu o agressor como “visivelmente perturbado” e relatou que ele gritou “Libertem a Palestina” enquanto exibia um lenço jordaniano vermelho, conhecido como keffiyeh.

A polícia de Washington informou que Rodriguez abordou quatro pessoas na rua, disparando contra duas delas. Ele foi detido logo após o incidente, e a arma do crime foi recuperada. Autoridades afirmaram à BBC que o suspeito não estava em listas de monitoramento e que as investigações explorarão possíveis ligações com terrorismo, especialmente após ele gritar “Libertem a Palestina” durante a detenção.

A embaixada de Israel lamentou profundamente o ocorrido, descrevendo Yaron e Sarah como jovens “no auge de suas vidas”. Em comunicado no X, a embaixada expressou “dor e horror” pela perda e prometeu apoio às famílias das vítimas. O embaixador israelense nos EUA, Yechiel Leiter, destacou que o casal planejava seu noivado, com o homem tendo comprado uma aliança naquela semana.

O presidente dos EUA, Donald Trump, condenou o ataque em sua plataforma Truth Social, classificando-o como “obviamente baseado em antissemitismo”. “Esses horríveis assassinatos em Washington, D.C., precisam acabar, AGORA! Ódio e radicalismo não têm lugar nos EUA”, escreveu, oferecendo condolências às famílias. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou, afirmando que o ataque reflete “o terrível preço do antissemitismo”. Ele anunciou reforço na segurança de missões diplomáticas israelenses pelo mundo, segundo agências internacionais.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, chamou o ato de “desprezível” e expressou solidariedade à comunidade judaica americana, reforçando a união entre Israel e os EUA contra o terrorismo, conforme publicado no X.

Jojo Kalin, em entrevista à BBC, destacou a ironia do ataque, que ocorreu após um evento focado em “transformar dor em propósito”. “É profundamente irônico que discutíssemos a construção de pontes e fôssemos atingidos por tanto ódio”, disse, expressando culpa por organizar o evento, mas reafirmando sua determinação em não ceder ao ódio.

Tentativa de invasão na CIA

Em um incidente separado, a sede da CIA em Langley, Virgínia, foi alvo de uma tentativa de invasão na madrugada de quinta-feira (22/5), conforme reportado pela NBC e confirmado por fontes policiais à ABC News. Um suspeito foi baleado, mas não fatalmente, e está sob custódia. Um porta-voz da CIA informou à BBC que a equipe de segurança abordou uma pessoa nos portões principais do complexo por volta das 4h (horário local). O portão principal foi fechado, e os funcionários foram orientados a usar rotas alternativas. Não há detalhes sobre a motivação do suspeito.

As autoridades americanas e israelenses continuam investigando ambos os casos, com foco em possíveis conexões com terrorismo e antissemitismo, segundo informações de agências internacionais. Fontes: BBC, NBC, ABC News e agências internacionais.

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