Delegado e policiais do Amazonas são presos por tortura e sequestro em Roraima; saiba quem são

Sequestro e tortura por minério ilegal

Um delegado e dois policiais do Amazonas foram presos em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga sequestro, tortura e formação de organização criminosa em Caracaraí (RR).

Entre os detidos estão ainda um policial militar de Roraima, um empresário do ramo automotivo, outro do setor artístico e uma vereadora que também atua como escrivã da Polícia Civil de Roraima.

Conforme as investigações, os envolvidos teriam sequestrado e torturado um suspeito para que ele revelasse o paradeiro de uma carga de cassiterita (minério de estanho) supostamente roubada.

Saiba quem são os policiais do Amazonas e outros envolvidos presos:

  1. Adriano Félix Claudino da Silva – Delegado da Polícia Civil do Amazonas, preso em Manaus;
policiais do Amazonas e outros envolvidos presos
Delegado Adriano Félix – Foto: Erlon Rodrigues/Divulgação/PC-AM.

2. Álvaro Tibúrcio Steinheuser – Investigador da Polícia Civil do Amazonas;

3. Edmilton Freire dos Santos – Policial civil do Amazonas;

4. Lidivan Santos dos Reis – Empresário do ramo de venda de carros, investigado por tráfico de drogas em outro caso;

5. Jan Elber Dantas Ferreira – Policial militar de Roraima;

Jan Elber Dantas Ferreira – Foto: Reprodução/Folha BV.

6. Matheus Possebon – Empresário do ramo artístico;

7. Adriana Souza dos Santos – Vereadora em Caracaraí (RR) e escrivã da Polícia Civil de Roraima.

Adriana Souza dos Santos – Foto: Ascom/PCRR.

Sequestro e tortura por minério ilegal

A PF aponta que o grupo agia de forma paralela ao Estado, escoltando cargas de minério extraídas ilegalmente de Terras Indígenas Yanomami e investigando roubos de forma clandestina.

“As investigações indicam que os envolvidos formaram, em tese, um grupo criminoso para escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da TIY, prestar serviços de segurança de forma clandestina e apurar a ocorrência de roubos de cargas de forma paralela à atuação estatal”, informou a PF em nota.

    Operação expõe rede criminosa com agentes públicos

    A ação revela a infiltração de policiais e autoridades em esquemas ilegais ligados ao garimpo e segurança privada irregular. Com a prisão dos envolvidos, a PF espera desarticular a atuação do grupo, que agia sob o pretexto de investigações oficiais.

    Os presos responderão por sequestro, tortura, formação de organização criminosa e possível envolvimento com extração ilegal de minérios. O caso deve ganhar novos desdobramentos, já que as investigações continuam em andamento.

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