A Associação NEO divulgou nesta quinta-feira, 22 de maio, um estudo que revela a subnotificação de acessos de banda larga fixa no Brasil. Segundo o levantamento, mais da metade (53%) das prestadoras (ISPs) habilitadas para fornecer o serviço não enviaram qualquer dado à Anatel ao longo de 2024.
O estudo, intitulado Mercado de Banda Larga Fixa no Brasil – Dimensão do Mercado e Subnotificação de Acessos, foi conduzido pelo diretor da consultoria Telco Advisors, José Felipe Ruppenthal. De acordo com a pesquisa, o país conta com 22.093 empresas habilitadas para prestar o serviço, mas 11.697 delas deixaram de enviar relatórios mensais à Anatel.
A ausência de informações oficiais sobre parte relevante dos acessos preocupa a associação, que representa mais de 150 empresas regionais de telecomunicações. “Nosso objetivo com este estudo foi trazer luz a um problema estrutural”, afirmou Rodrigo Schuch, presidente-executivo da NEO. A entidade defende que o tema seja tratado com responsabilidade e em diálogo com os órgãos reguladores.
Segundo Schuch, a subnotificação não é necessariamente intencional. Ele destaca que muitos prestadores enfrentam barreiras técnicas, estruturais e operacionais que dificultam o cumprimento das obrigações regulatórias. A NEO considera fundamental que o setor avance em soluções coordenadas para garantir um ambiente competitivo e transparente.
Presente em mais de 86% dos domicílios brasileiros, a banda larga fixa é considerada um pilar essencial da conectividade no país. A falta de dados confiáveis, no entanto, pode comprometer não apenas a formulação de políticas públicas, mas também avaliações sobre competitividade e qualidade do serviço em diferentes regiões.
A íntegra do estudo está disponível aqui, e a associação declarou estar aberta ao diálogo com Anatel, demais autoridades e a sociedade civil sobre os desdobramentos do diagnóstico. (Com assessoria de imprensa)
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