As mudanças climáticas são negativas, mas também estão abrindo novas possibilidades econômicas. Uma delas é a navegação em locais antes totalmente congelados. Mas para isso, são necessários os chamados quebra-gelos, navios que abrem caminho para que outras embarcações possam passar pelos locais.
A Rússia tem sido pioneira neste sentido, uma vez que possui a maior frota de quebra-gelos do mundo. E o país acaba de dar mais um passo importante, revelando o primeiro reator nuclear para alimentar estas embarcações.
Equipamentos serão instalados no navio Rossiya
Segundo as autoridades russas, o reator RITM-400 é uma versão aprimorada do RITM-200 e pode produzir 315 MWt e 120 MW de potência da hélice. Uma nova unidade deve ser finalizada nos próximos meses. As informações são do portal Interesting Engineering.

Os dois equipamentos serão instalados no navio Rossiya. Uma vez operacional, a embarcação se tornará o quebra-gelo nuclear mais poderoso do mundo, podendo penetrar no gelo de até 4,3 metros de espessura e limpar um canal de até 50 metros de largura.
Apesar de seus altos custos operacionais, os quebra-gelos oferecem vantagens significativas sobre as embarcações movidas a diesel. Seus reatores a bordo podem operar por vários anos sem reabastecimento, algo fundamental em áreas remotas do Ártico. Além disso, estas máquinas podem quebrar mais gelo e com uma velocidade maior.
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Quebra-gelos estão abrindo novas rotas para o comércio marítimo
- Atualmente, a Rússia possui 34 navios quebra-gelos movidos a gasóleo e oito de propulsão nuclear.
- Além disso, o país está construindo outras duas embarcações nucleares.
- Elas já devem utilizar o novo reator, o que tornará os navios os mais potentes do mundo.
- A frota russa é considerada fundamental para o desenvolvimento de uma nova rota marítima no Mar do Norte.
- Sem o gelo, este percurso diminuiria substancialmente o tempo de viagem entre a Europa e a Ásia.
- A travessia mais comum passa pelo Canal de Suez, no Egito, e demora, em média, 35 dias partindo de Murmansk, na Rússia, até o porto de Xangai, na China.
- Já a nova opção pouparia de 10 a 12 dias de viagem.
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