
Junto com sua esposa, o fotógrafo defendeu causas ambientais. Ele morreu nesta sexta-feira (23). Lélia e Sebastião Salgado na RPPN Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra
Philippe Petit /Divulgação
Com a morte de Sebastião Salgado, de 81 anos, nesta sexta-feira (23), o Brasil não perde somente um dos maiores fotógrafos do país, mas uma figura importante para a preservação do meio ambiente e da Mata Atlântica.
Em 1998, ele e sua esposa Lélia Wanick tomaram a decisão de reflorestar a Fazenda Bulcão, em Aimorés, Minas Gerais, que já era propriedade da sua família há mais de uma geração. Com isso, houve a recuperação da biodiversidade local, aliado a um desenvolvimento rural sustentável às margens da Bacia do Rio Doce.
Em mais de duas décadas, a iniciativa resultou no plantio de aproximadamente 2,7 milhões de árvores, restaurando aproximadamente 600 hectares de floresta. A área, antes desértica, voltou a abrigar centenas de espécies de fauna e flora nativas, muitas delas ameaçadas de extinção.
*Reportagem em atualização