
Sebastião Salgado, um dos maiores nomes da fotografia mundial, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (12), pelo Instituto Terra, ONG fundada por ele e pela esposa, Lélia Wanick Salgado, símbolo de sua luta pela restauração ambiental e, especialmente, pela preservação da Amazônia.
Além de fotógrafo, Sebastião foi um ativista incansável da natureza. Suas lentes registraram mais de 120 países, eternizando o trabalho, o sofrimento, a beleza e a resistência em obras como Êxodos, Trabalhadores e Gênesis. Mas, nos últimos anos, foi na floresta amazônica que concentrou seus olhos..
“Quero mostrar às pessoas o paraíso na Terra”, disse ele, ao apresentar o projeto Amazônia, que percorreu cidades do mundo com imagens da floresta e trilha sonora de Heitor Villa-Lobos.
De acordo com o artista, a mostra não era apenas uma celebração estética, mas um grito contra a destruição. Para ele, a floresta não era apenas biodiversidade: era humanidade, cultura e espiritualidade. “Descobri que nós somos a biodiversidade”, afirmou.
Quem foi Sebastião Salgado?
Nascido em Aimorés (MG), Salgado era economista por formação, mas abraçou a fotografia nos anos 1970, após viver na França. Ao lado de Lélia, transformou o Instituto Terra em um centro de reflorestamento no Vale do Rio Doce.
O casal replantou milhões de árvores em uma região devastada, restaurando nascentes e devolvendo vida ao solo exaurido.

Em entrevista recente, ao anunciar sua aposentadoria do trabalho de campo, Salgado foi direto: “Sei que não viverei muito mais. Mas já vivi tanto e vi tantas coisas.” Seu corpo sentia os anos passados em zonas de conflito, florestas e desertos. Mas sua missão parecia clara até o fim: mobilizar olhares e consciências.
Veja algumas obras do fotógrafo:



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