
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou neste domingo (25) a eleição de Samir Xaud como novo presidente para o mandato de 2025 a 2029.
Mas o anúncio, publicado no Instagram da entidade, chamou atenção por um detalhe gritante: não há sequer uma foto do novo comandante. A imagem usada foi apenas um brasão da CBF, fria e impessoal.
Em tempos de comunicação digital, onde a imagem é símbolo de poder, liderança e aceitação, a ausência de um retrato do novo presidente não pode ser tratada como detalhe.
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Samir Xaud chega à presidência da CBF com uma série de polêmicas e resistências. Natural de Boa Vista (RR), o dirigente de 41 anos teve sua eleição marcada pela falta de concorrência — sua chapa foi a única inscrita — e por uma articulação feita longe dos grandes centros do futebol nacional.
Nos bastidores, há quem veja sua ascensão como um acordo político para manter o status quo da entidade, sem grandes rupturas.
Entre cartolas e dirigentes estaduais, Xaud é tratado mais como peça de composição do que como liderança com autonomia.
O silêncio visual da CBF no anúncio oficial reforça essa leitura: seria essa ausência de imagem uma forma de evitar exposição? Um gesto de desconfiança interna? Ou apenas uma estratégia fria para manter o nome dele fora dos holofotes num primeiro momento?
O fato é que, ao assumir o cargo mais alto do futebol brasileiro, Samir começa seu mandato já enfrentando dúvidas sobre sua legitimidade e autoridade.
E quando nem a própria entidade parece disposta a colocá-lo em destaque, o sinal é claro: o jogo nos bastidores está longe de estar resolvido.
5 mil comentários em 30 minutos: a revolta contra Samir Xaud

A repercussão nas redes sociais foi imediata — e negativa. Em apenas 23 minutos no ar, a publicação da CBF já acumulava mais de 4 mil comentários, a maioria em tom de repúdio, desconfiança e ironia.
Para muitos torcedores, a ausência da foto reforça o distanciamento entre a entidade e o público que ela deveria representar.
Entre os comentários mais curtidos estavam frases como:
- “Nem foto tiveram coragem de colocar. Que vergonha.”
- “Presidente da CBF fantasma?”
- “Começou mal. Muito mal.”
- “O futebol brasileiro não merece mais essa palhaçada.”
O volume e o tom das críticas acenderam um alerta sobre a imagem pública do novo presidente antes mesmo de qualquer coletiva ou aparição oficial.
A rejeição virtual pode até não definir o futuro de um mandato, mas certamente expõe um desconforto generalizado que a CBF parece ignorar — ou preferiu esconder com a bandeira.
Samir Xaud terá que conquistar dentro e fora dos gramados. E o campo da opinião pública já começou com o placar contra ele.
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