Meta apresenta IA que lê mentes com precisão de 80%

Em 2017, Mark Zuckerberg anunciou o desenvolvimento de um dispositivo capaz de “ler” mentes e transformar pensamentos em texto. Hoje, a Meta diz que concretizou essa visão, mas com um equipamento de 500 kg e custo de 2 milhões de dólares que funciona apenas em laboratórios.

Pesquisadores da Meta, em colaboração com neurocientistas e especialistas em IA, decodificaram a atividade cerebral de indivíduos enquanto digitavam, identificando as teclas pressionadas apenas com base em seus pensamentos.

Como funciona a nova IA da Meta

O estudo, detalhado em duas publicações científicas (1 e 2) e um post de blog, demonstra um avanço significativo na área. O sistema, que utiliza um scanner magnético para monitorar a atividade cerebral e uma rede neural profunda para interpretar dados, alcançou uma precisão de 80% na identificação das letras digitadas, permitindo a reconstrução de frases completas a partir dos sinais cerebrais.

Apesar do sucesso na decodificação de pensamentos em texto, a Meta não pretende, por ora, comercializar a tecnologia. O equipamento utilizado na pesquisa é complexo, caro e exige um ambiente controlado para funcionar, inviabilizando seu uso em larga escala.

Inteligência artificial
Apesar do sucesso na decodificação de pensamentos em texto, a Meta não pretende, por ora, comercializar a tecnologia. (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

A Meta, no entanto, não abandonou sua busca por interfaces cérebro-computador mais acessíveis. A empresa continua investindo em pesquisa básica na área de neurociência, visando o desenvolvimento de IAs mais avançadas, capazes de aprender e raciocinar como os humanos.

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A pesquisa da Meta representa um marco na neurociência e na inteligência artificial, abrindo caminho para futuras tecnologias que poderão transformar a comunicação e a interação entre humanos e máquinas. Apesar de distante do consumidor, a tecnologia de leitura cerebral demonstra o potencial da neurociência para moldar o futuro da IA.

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