Mulher de 45 anos fica devastada ao descobrir que tem um ano de vida após presumir que sintoma era Síndrome do Intestino Irritável

Clair Honeywood, uma britânica de 45 anos e mãe de dois filhos, recebeu um diagnóstico devastador após semanas de dor abdominal que ela acreditava ser apenas uma crise de síndrome do intestino irritável (SII), condição que já a acompanhava há anos. O que começou como um incômodo familiar terminou em uma descoberta chocante: um câncer pancreático em estágio três, inoperável, com uma expectativa de vida de aproximadamente 17 meses.

Tudo começou quando Clair, que trabalha como auxiliar de saúde no sistema público do Reino Unido (NHS), sentiu dores persistentes no abdômen. Por já conviver com a SII, ela não deu muita importância aos sintomas. Porém, quando o desconforto não diminuiu, decidiu procurar atendimento de emergência. Os médicos identificaram uma anomalia no pâncreas durante os exames, mas, sem um diagnóstico claro, a mandaram para casa.

As dores, no entanto, pioraram. Dias depois, um sinal alarmante apareceu: sua pele e olhos começaram a ficar amarelados, um claro indício de icterícia. Diante do agravamento, Clair retornou ao hospital. Desta vez, os exames revelaram a presença de um tumor no pâncreas, envolvendo uma das principais artérias da região. O câncer já estava no estágio três, o que significa que havia se espalhado para os linfonodos próximos ou começado a crescer além do pâncreas. A localização do tumor tornava a cirurgia impossível.

Clair achou que seus sintomas eram SII (SWNS).

A quimioterapia foi a única opção oferecida pelos médicos. O tratamento poderia retardar o avanço da doença, mas as chances de sucesso eram de apenas 5%. Sem ele, a estimativa era que Clair tivesse pouco mais de um ano de vida. “Meu consultor não queria me dar o diagnóstico, mas eu insisti”, contou ela. “Foi outro baque quando disseram que não dava para operar. Não sabia o que estava acontecendo.”

Apesar do prognóstico difícil, Clair decidiu encarar a situação com otimismo. “Tenho 45 anos e não esperava passar por isso tão cedo. Ainda há esperança, mas estou focada nos próximos três meses de quimioterapia. A vida é para ser vivida — o corpo não sobrevive sem a mente, então preciso ser positiva”, disse.

Clair está arrecadando dinheiro para se casar com seu parceiro, Danny (SWNS).

Enquanto luta contra a doença, Clair planeja aproveitar ao máximo o tempo que lhe resta. Um de seus maiores sonhos é se casar com Danny Burch, seu parceiro de 21 anos, em uma cerimônia marcada para julho. Para arcar com os custos do casamento e de possíveis tratamentos alternativos, ela criou uma campanha no GoFundMe, que já está perto de alcançar a meta de 20 mil libras (cerca de 130 mil reais). “Sinto que ganhei o presente do tempo. Estou passando mais momentos com meus filhos e preciso enxergar o lado bom”, explicou.

A decisão de oficializar a união após mais de duas décadas juntos trouxe um novo ânimo ao casal. “Danny vive dizendo: ‘Mal posso esperar para você ser minha esposa’”, compartilhou Clair, emocionada. A história dela também chama atenção para a importância de investigar sintomas persistentes, mesmo que pareçam comuns. “Não é normal alguém da minha idade ter esse tipo de câncer. Quando você não sabe o que está acontecendo, a mente viaja para lugares sombrios. Você pensa nos seus filhos e sente que o mundo desmoronou”, desabafou.

Enquanto aguarda os próximos passos do tratamento, Clair mantém o foco em criar memórias com a família. Sua jornada, embora marcada pela incerteza, virou um exemplo de resiliência — e um alerta sobre a necessidade de ouvir os sinais do corpo.

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